Sobre o MUN & Histórico

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MARINHA DO BRASIL
ESCOLA DE GUERRA NAVAL

LABORATÓRIO DE SIMULAÇÕES E CENÁRIOS

APRESENTAÇÃO DO MUN LSC-EGN

ORGANIZAÇÕES ENVOLVIDAS

Escola de Guerra Naval (EGN)
A EGN é uma instituição de altos estudos militares, que tem o propósito de contribuir para a capacitação dos oficiais para o desempenho de comissões operativas e de caráter administrativo; prepará-los para funções de estado-maior; e aperfeiçoá-los para o exercício de cargos de comando, chefia, direção e nos altos escalões da Marinha.

Laboratório de Simulações e Cenários (LSC)

O Laboratório de Simulações e Cenários da Escola de Guerra Naval, criado em 2012, congrega pesquisadores e estudantes, preferencialmente civis, externos à Marinha do Brasil  e envolvidos em atividades acadêmicas relacionadas à Defesa e à Segurança. São  dezenas de pesquisadores, de pós-doutorandos até graduandos, de várias das melhores instituições de ensino superior do Brasil que, a cada dia, ampliam o que sabem, pensam e falam com propriedade sobre Defesa e Segurança, com ênfase nos aspectos marítimos e navais.


O MUN LSC-EGN

Em essência, o Model United Nations (MUN) é um projeto que visa propagar as práticas das Organizações Internacionais e seus princípios constitutivos, os aproximando da realidade de estudantes e demais pesquisadores. Ele propicia a experimentação de solução de controvérsias e negociação, envolvendo atores estatais e Organizações Internacionais governamentais e não-governamentais.
Apesar de relativamente recente no Brasil, o Modelo Nações Unidas (MUN) é utilizado desde os idos de 1920, quando se realizaram as primeiras simulações a respeito da Liga das Nações por estudantes universitários das áreas de Ciências Humanas dos Estados Unidos e Europa. Elas tinham por objetivo encontrar formas cada vez mais realistas de passar a estudantes a estrutura e o funcionamento de uma Organização Internacional. Com a criação das Nações Unidas (1945), a prática de MUN´s foi difundida, aproximando a sociedade civil dos princípios das Nações Unidas. Contudo, como estabelecido hoje, o modelo somente fora proposto em 1952, pelo MUN de Berkeley, nos Estados Unidos.
O MUN LSC-EGN é desdobramento do MUN-TEMPO-UFRJ, iniciado em 2007. O MUN-TEMPO foi criado na qualidade de atividade anual do grupo de estudos Fluxos Internacionais, do Laboratório de Estudos do Tempo Presente, da UFRJ. Ele passou a ser MUN-TEMPO-EGN quando, em 2009, estabeleceu-se esta parceria entre as instituições. O MUN-TEMPO-EGN teve como objetivo principal o didatismo de seu sistema, a respeito do gerenciamento (manobra, no conceito que tratamos) de crise e as temáticas propostas. Assim, configurou-se um modelo particular e adotado até hoje, em que é proposto somente um fórum temático (um assunto a ser debatido anualmente) a cada simulação, com limitado número de participantes. Entretanto desde 2013, o MUN LSC-EGN é um evento interinstitucional entre a Escola de Guerra naval (EGN) e o Laboratório de Simulações e Cenários (LSC), com objetivos variados, instituições e pesquisadores diversos e resultados que nos permitem aprofundar os estudos sobre as ferramentas de negociação e sobre os resultados de relações complexas.
MUN LSC-EGN acredita ser possível ir além das demais práticas desse tipo. Não acreditamos na simulação pela simulação, nem gostamos da ideia de que a simulação se encerre como um fim em si mesma. Por isso, modelamos um jogo que se propõe a ser mais do que uma simulação; que seja uma valiosa experiência de aprendizado, sob diversos aspectos, para todos os agentes envolvidos, dos organizadores aos jogadores. Dessa forma, este modelo de simulação foge à tradição de outras simulações por alguns dos motivos abaixo listados:

(1)  Perspectiva da capacitação dos jogadores que vai além do conhecimento de práticas de Organizações Internacionais. A organização do MUN LSC-EGN, desde 2013, oferece uma palestra de abertura ministrada por  acadêmico e referente ao tema a ser debatido. Todos os inputs do jogo são pensados de modo a forçar os jogadores a desenvolver suas competências e, de alguma forma, superar a fronteira de seus conhecimentos.

(2) Perspectiva de capacitação dos organizadores, quais sejam: integrantes de grupos de pesquisa do LSC, dedicados a resolução de conflitos e controvérsias através de regras internacionais de negociação, de Design de Jogos, de Análise de Performance dos Jogadores, de Cenário Prospectivos e outros, colaborando assim para desenvolvimentos metodológicos de pesquisa e experimentação.

(3) Desde 2009, somou-se um objetivo aos outros dois principais, criados desde o início, quais sejam:

a.    Simular comportamentos, regras internacionais e negociação;
b.    Discutir um tema central por ano, que seja de interesse do grupo  
c.    Análise de performance – negociações e resultados do jogo.
Para atender a finalidade que fora estabelecida a partir de 2009, o MUN TEMPO EGN, teve adaptadas algumas regras utilizadas em outros Modelos Nações Unidas, também foi modificado na sua qualidade analítica, absorvendo características dos Jogos de Crise e de Guerra no que diz respeito à efetivação das estratégias dos atores de um jogo. Hoje, o projeto dispõe de uma metodologia analítica de performance, utilizada anualmente neste modelo.


(4) O MUN LSC-EGN segue em consonância com o esforço da Estratégia Nacional de Defesa (END) no que tange ao intercâmbio das Forças Armadas com universidades, à conscientização da sociedade quanto aos assuntos de Defesa e com a Política de Ensino de Defesa, no que concerne à difusão dos assuntos de interesse de Defesa Nacional no meio acadêmico civil. Assim, a parceria com a Escola de Guerra Naval enseja a participação e o entrosamento de civis e militares, o que propicia uma maior dinâmica nas análises do modelo implementado.    



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MUN-LSC   2013

Model United Nations (MUN) é um projeto que visa propagar as práticas das Organizações Internacionais e seus princípios constitutivos, aproximando-os da realidade de estudantes e demais pesquisadores. 
O Laboratório de Simulações e Cenários (LSC-EGN) está organizando o I MUN LSC-EGN, que será realizado no dia 29 de novembro de 2013, na Escola de Guerra Naval - MB, com o tema “UNIFIL".

Este modelo de simulação foge à tradição de outras simulações por dois motivos:

  1. Temos uma perspectiva da capacitação não somente dos delegados participantes como atores, mas dos organizadores da simulação, que praticam uma posterior análise de performance desses atores em relação à política externa de seus países ou política de sua organização, produzindo pesquisa acadêmica. Para tanto, os delegados devem preencher o mini-max, um documento no qual especificam os objetivos mínimos e os objetivos máximos do país/organização que representarão na reunião proposta.
  2. A simulação em questão enseja a participação e o entrosamento de civis e militares, o que propicia uma maior dinâmica nas análises do modelo implementado.                                                                                 ==================================================================                  
O MUN-LSC é desdobramento do MUN-TEMPO-UFRJ, iniciado em 2009.
Breve histórico

MUN TEMPO/EGN


Sobre o MUN-TEMPO-EGN
Simulação realizada anualmente, em setembro, nas instalações da EGN - estudo de caso de alguns dos projetos desenvolvidos no LSC (participação da Área de Estudos III da EGN)
Objetivo: realizar simulação utilizando as regras de negociação presentes nas Nações Unidas e instituições equivalentes.
O Model United Nations (MUN) é um projeto que visa propagar as práticas das Organizações Internacionais e seus princípios constitutivos, os aproximando da realidade de estudantes e demais pesquisadores. O MUN-TEMPO foi criado na qualidade de atividade anual do grupo de estudos Fluxos Internacionais, do Laboratório de Estudos do Tempo Presente, da UFRJ e passou a ser MUN-TEMPO-EGN quando, em 2009, estabeleceu-se esta parceria. O MUN-TEMPO-EGN teve como objetivo principal o didatismo de seu sistema, a respeito do gerenciamento (manobra, no conceito que tratamos) de crise e as temáticas propostas. Assim, configurou-se um modelo particular, em que é proposto somente um fórum temático (um assunto a ser debatido anualmente) a cada simulação, com limitado número de participantes. Hoje, o MUN é um evento interinstitucional entre a EGN com o Laboratório de Simulações e Cenários, com objetivos variados, instituições e pesquisadores diversos e resultados que nos permitem aprofundar os estudos sobre as ferramentas de negociação e sobre os resultados de relações complexas.
Apesar de recente no Brasil, a prática de MUNs remonta ao inicio do século XX, onde estudantes universitários das áreas de Ciências Humanas dos Estados Unidos e Europa simulavam a extinta Liga das Nações, objetivando encontrar formas cada vez mais realistas de passar a seus estudantes a estrutura e o funcionamento de uma Organização Internacional. Com a criação das Nações Unidas (1945) a prática de MUNs foi difundida, aproximando a sociedade civil dos princípios das Nações Unidas e o funcionamento da Organização. Hoje, podemos encontrar Modelos e Simulações – MUNs – em todos os continentes, simulando as mais diversas Organizações Internacionais e agrupando alunos de Ensino Médio, estudantes e pesquisadores do Ensino Superior.
Com isso, entendemos que estudar e simular o funcionamento de uma Organização Internacional não é somente aprender e nos aprofundar sobre seus aspectos funcionais, mas sim, entender como esta Organização atua, juntamente com os demais atores, dentro do Sistema Internacional. Assim, acreditando que as relações internacionais são mediadas por interesses e comportamentos diversos e, na necessidade da observação do mundo ordinário de amplo campo conjuntural, estão ainda presentes elementos como o gerenciamento da crise e da iminência de conflito de interesses, foco da própria ampliação da coletividade observada na contemporaneidade. Não menos importante, vale comentar que o MUN não necessariamente está associado a uma percepção idealista da política internacional - cuja origem está voltada para a harmonização de interesses de forma pacífica e democrática em última instância. O MUN pode e deve considerar, impreterivelmente, a franca e sempre presente possibilidade de conflito aberto, que faz diminuir a preponderância da situação de paz na mediação das relações entre os atores. Por último, além do fator sistêmico da simulação, pesa a resposta analítica derivada de cada simulação.
Devemos observar atentamente as situações de disrupção, cujas mudanças iminentes ou em curso podem provocar a derrocada do status quo vigente, ou ainda a interação abrupta como novos elementos que serão determinantes para o novo panorama. Seja no incentivo às oportunidades ousadas ou apoio à sobrevivência, o melhor gerenciamento decorre, invariavelmente, da apropriação certeira de teorias e conceitos adequados e funcionais ao invés do recolhimento de dados sistematicamente compilados e indicadores obsoletos que, via de regra, só se tornam confiáveis depois de consumada a transformação - isso quando não são sempre tidos como “escassos”. Nessa obsolência, o tempo de resposta se torna reduzido, a margem de manobra asfixiada e a gestão se vê comprometida. A perda da percepção mais ampla sobre as tendências que modelam o mundo em que vivemos pode acarretar graves déficits na formulação de políticas institucionais estratégicas. Assim, é possível crer que o MUN tem aplicações teóricas, metodológicas e sistemáticas tão amplas quanto a capacidade de multiplicar probabilidades de conjunturas de crise.

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